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CARCINOGENICIDADE

A exposição por inalação em ratos foi associada com a indução de neuroblastomas do epitélio olfativo e de adenomas do epitélio respiratório nasal. Ambos os tumores foram considerados raros e incuráveis nos ratos.



Em estudos de exposição do naftaleno por inalação em ratinhos houve aumento de incidência dos adenomas bronquíolo-alveolares nas fêmeas. O aumento da incidência nos machos não foi estatisticamente significativo.



Os estudos realizados por administração oral, intraperitoneal e subcutânea foram demasiado limitantes e não permitiram avaliar a carcinogenicidade do naftaleno.





Mecanismo de carcinogenicidade proposto: Os maiores níveis de metabolismo do naftaleno nos ratinhos levam à formação de metabolitos citotóxicos nos pulmões, provocando renovação celular e tumores. Nos humanos, os níveis máximos de metabolismo dos microssomas pulmonares são cerca de 10 a 100 vezes mais baixos do que os observados nos ratinhos, explicando a diferença de ocorrência de tumores inter-espécies.

​A Agência Internacional de Pesquisa em Cancro (IARC) da Organização Mundial de Saúde concluiu que não havia evidências suficientes para avaliar a carcinogenicidade do naftaleno em humanos, mas encontrou evidências suficientes em animais para concluir que o naftaleno é carcinogénico, pelo que colocou o naftaleno no grupo 2B (possível carcinogénico para humanos).​

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Estudos epidemiológicos



A análise de estudos epidemiológicos realizados em humanos sugere uma possível associação da exposição ao naftaleno com:

  • cancro nasal
  • cancro pulmonar
  • outros - cancro da traqueia e cancro coloretal.



No entanto, o facto de muitos destes estudos não referenciarem muita informação importante, como o nº de indivíduos  fumadores ou uma estimativa da quantidade de exposição, levanta muita controvérsia quanto à associação do naftaleno com estes carcinomas.



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